segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Beata Maria Estela do Ssmo. Sacramento e 10 comp., Mártires - Festa 1 agosto

     Na Polônia, o Terceiro Reich nazista colocou o clero no programa de submissão, porque constituía a classe dirigente da Nação e tinha grande influência sobre o povo, o que o tornava particularmente perigoso.
     A Bielorrússia era tratada com a mesma desconfiança, pois a “classe dirigente” a ser eliminada compreendia os sacerdotes e as religiosas.
     Depois de todas as restrições econômicas, de culto, de todas as atividades pastorais e espirituais, chegou a vez da eliminação física dos mesmos, geralmente sob a acusação de terem tido contato com familiares de pessoas aprisionadas ou fuziladas, ou de ter ajudado prisioneiros russos, hebreus etc.
     Somente na região de Nowogródek, no oeste da Bielorrússia, entre 1942 e 1943, sessenta sacerdotes e religiosas foram mortos, nenhum foi levado para os campos de concentração: preferiam fuzilá-los ou sufocá-los com gás, e em alguns casos as vítimas foram queimadas vivas.
     As onze religiosas mártires da Congregação das Irmãs da Sagrada Família de Nazaré, faziam parte da Casa de Nowogródek, e quando, pela metade de julho de 1943, a Gestapo prendeu cerca de 120 habitantes da região, elas se declararam prontas a dar suas vidas no lugar daqueles que tinham família. Assim, no dia 31 de julho à tarde, foram convocadas ao comissariado.
     Para lá foram elas acreditando que, por não terem feito nenhum mal, no máximo seriam deportadas para a Alemanha para os trabalhos forçados. Mas logo se desiludiram, porque a Gestapo as mandou transportar num caminhão e a 3 km de distância pretendiam fuzilá-las. Entretanto, a presença de camponeses que se retiravam do campo tornou o ato impossível naquele momento. Levaram-nas de volta ao comissariado e as colocaram na cantina, não na prisão.
     As onze irmãs passaram a noite em oração e na manhã seguinte, 1º de agosto de 1943, os algozes vieram buscá-las, encontrando-as imersas em profunda paz. A 5 km de Nowogródek, foram fuziladas e com elas um jovem bielo-russo.
     A população local imediatamente tributou veneração pelas irmãs martires, sendo que muitas graças foram obtidas por sua intercessão.
     Irmã Maria Estela do Santíssimo Sacramento (Adelaide Mardosewiz) era a superiora da Casa e tinha 55 anos. Ela já havia dirigido as irmãs durante a ocupação soviética (1933-41), quando sofreram a espoliação do hábito e a dissolução da Casa. Depois de terem se reunido novamente, enfrentou a ocupação alemã. Mulher de grande fé soube infundir nas irmãs o espírito de sacrifício que as levou ao martírio.

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