quinta-feira, 1 de março de 2012

Beata Antonia de Florença, Abadessa - Festejada 29 de fevereiro (ano bissexto)

      Antonia ou Antonieta, nascida em Florença em 1400, casou-se aos 15 anos, ficando viúva com um filho.
      São Bernardino de Siena, com alguns companheiros, difundia em muitas cidades o movimento da Observância e o retorno às origens da Ordem Franciscana. A maior parte de suas pregações era feita nas praças, pois as igrejas não continham a multidão que acorria.
      Frei Bernardino pregou na Santa Cruz, em Florença, do dia 8 de março ao dia 3 de maio de 1425. Depois de ouvi-lo, Antonia resolveu atender ao chamado de Deus. Quatro anos depois, resolvidas as questões familiares, entrou no convento florentino de Santo Onofre, das terceiras franciscanas fundadas pela Beata Angelina de Marsciano, onde edificou as Irmãs pela piedade e todas as virtudes.
      Foi enviada para o convento de Santa Ana de Folinho, e a fundadora a transferiu em seguida para Assis, Todi, e depois definitivamente a Áquila, para fundar um convento, em 2 de fevereiro de 1433. Neste convento, dedicado a Santa Isabel, foi prioresa.
      Passados vários anos, São João de Capistrano, seu diretor, fez que lhe dessem o mosteiro de Corpus Christi, na mesma Áquila, no qual ela fez renascer a observância em toda a pureza.
      Também para o filho de Antonia, Batista, São João de Capistrano teve um papel determinante. Batista esbanjara os bens da mãe, só lhe causando desgostos. Sob a direção do Santo, o jovem vestiu o hábito franciscano no convento de Campli, conduzindo uma vida exemplar.
      Depois de sete anos na direção do mosteiro, Antonia pode finalmente dedicar-se exclusivamente à contemplação e ao silêncio. “Silenciava, mas a sua fama gritava”, como se disse de Santa Clara.
      Era modesta e obediente, à mesa e no coro permanecia no último lugar, usava os hábitos mais gastos, deixados pelas Irmãs. Algumas monjas a viram em êxtase, com uma aureola luminosa sobre a cabeça. Nos últimos anos teve uma chaga na perna que a manteve acamada. Foi honrada com uma aparição da Santíssima Virgem e com várias visões.
      A Beata morreu no dia 29 de fevereiro de 1472, e foi velada com amor pelas Irmãs. Alguns milagres ocorreram antes mesmo que fosse sepultada. Uma monja tocou-a e se curou de umas chagas.
      Contra o costume, os habitantes de Áquila rogaram que o corpo ficasse exposto na igreja. Quinze dias após o sepultamento as Irmãs, querendo ainda ver o seu semblante, abriram a sepultura e a encontraram como recém-falecida. O fato se difundiu na cidade e o Bispo Agnifili ordenou que ela fosse sepultada em um local diferente.
      Em 1477, o Bispo Borgio, depois de um novo reconhecimento, constatou o estado de perfeita conservação do corpo da Madre Antonia e, sobretudo, conhecendo bem sua fama de santidade, autorizou o culto da Beata. A 11 de setembro de 1847, o Papa Beato Pio IX aprovou o culto imemorial prestado a esta Beata.

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