quarta-feira, 18 de julho de 2012

Beata Stilla de Abenberg, Virgem - Festejada 19 de julho

     Os documentos medievais não mencionam a Beata Stilla (alguns a chamam de Santa), nem se conhece muitos dados de sua vida transcorrida na metade do século XII. Contudo, tem-se conhecimento de seu falecimento pelo ano de 1140 e seu sepultamento na Igreja de São Pedro e São Paulo, que ela mandara construir, e que se encontra sobre o monte junto ao seu castelo.
     Numa relação escrita em 1480 pelo Vigário Geral ao Bispo de Eichstätt, há a menção de uma peregrinação ao túmulo da Beata feita anos anteriores e da fundação, próximo da igreja, do Convento de Marienburg.
     A mais antiga versão da vida da Beata foi escrita pela freira agostiniana Mônica Farcket († 1636) em 1593. O culto à Beata Stilla, conforme documentado desde 1488, se estendeu a Mônaco, Augusta, Würzburg e Nuremberg. Ainda hoje é muito vivo na região de Abenberg, da qual é patrona.
     Em 1893 foi aberto um processo informativo sobre seu culto, que foi aprovado no dia 12 de janeiro de 1927 pelo Papa Pio XI.
De nobre ascendência
     Stilla pertencia à família dos condes de Abenberg que deu muitos padres, bispos e homens santos à Igreja. Abenberg situa-se no centro da Baviera, na Alemanha Ocidental, próximo do rio Abens, afluente do Danúbio. Seu pai chamava-se Zelchus Graf zu Abenberg; tinha duas irmãs, das quais não se sabe os nomes, e dois irmãos, Adalberto e Conrado.
     Em 1136, Stilla mandou construir, sobre um monte junto ao seu castelo, uma igreja que foi consagrada e dedicada a São Pedro e São Paulo. Ela ia a essa igreja todos os dias e foi ali, na presença de Santo Otto († 1139), Bispo de Bamberg, que ela fez seu voto de virgindade. Segundo um documento antigo, ela fez também doações ao convento de Heilsbrunn.
     Stilla vivia como uma religiosa no castelo de seu pai, atendendo caridosamente todos os desafortunados. Segundo a tradição, ela vivia devotamente com outras duas virgens, provavelmente suas duas irmãs. Ela desejava construir um mosteiro onde ela pudesse terminar os seus dias, mas a morte prematura impediu-a de realizar seus desejos.
     Seus irmãos queriam enterrá-la em Heilsbrunn, mas os cavalos que conduziam o carro funerário não puderam puxá-lo naquela direção, voltando-se sempre para a Igreja de São Pedro onde eles então a sepultaram. Seu sepulcro tornou-se local de peregrinação, e, nos séculos seguintes, muitos foram os testemunhos do culto tributado a jovem e nobre virgem de Abenberg.
     Em 1884, seu túmulo foi descoberto na Igreja de São Pedro, já mencionada, e que hoje é conhecida como de Santa Stilla. Posteriormente encontrou-se uma pedra tumular, em parte danificada por um incêndio havido na igreja em 1675.
     Em 1897, o Bispo de Eichstätt pode estabelecer que a veneração da Beata existia antes de 1534. As relíquias da Beata foram distribuídas entre a Paróquia de Abenberg, a Catedral de Eichstätt e a Igreja de Santa Stilla.
     O Convento de Marienburg, ocupado desde 1488 pelas Irmãs Agostinianas, secularizado em 1805, na época napoleônica, desde 1920 é ocupado pelas Irmãs Misericordiosas de Na. Sra. das Dores.
     Nos diversos monumentos, pinturas, pedras tumulares etc., Santa Stilla às vezes é representada como uma virgem com roupas principescas, outras vezes como monja tendo uma igreja nas mãos ou um lírio.
     Uma curta menção a Santa Stilla, reportando alguns milagres, pode ser encontrada na Acta Sanctorum, Julho, vol. iv. O decreto confirmando seu culto e contendo um resumo de sua vida consta da Acta Apostolicae Sedis, vol. xix (1927), pp.
     Sua festa litúrgica é dia 19 de julho, mas alguns locais da Alemanha comemoram-na dia 21 de julho. 
Martirológio Romano: No Mosteiro de Marienburg na Franconia, Alemanha, Beata Stilla, virgem consagrada, sepultada na igreja fundada por ela.

(Stilla significa silenciosa, quieta)

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