segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A Medalha Milagrosa revelada a Santa Catarina Labouré, segundo narração da própria vidente


     Na noite de 18 de julho de 1830, Santa Catarina Labouré vê pela primeira vez a Rainha do Céu e da Terra.
Segunda aparição: a Medalha Milagrosa
     No dia 27 de novembro de 1830, vi a Santíssima Virgem. De estatura média, estava de pé, trajando um vestido de seda branco-aurora, mangas lisas, com um véu branco que lhe cobria a cabeça e descia de cada lado até em baixo. Sob o véu, vi os cabelos lisos repartidos ao meio, e por cima uma renda de mais ou menos três centímetros de altura, sem franzido, isto é, apoiada ligeiramente sobre os cabelos. O rosto bastante descoberto, os pés apoiados sobre meia esfera, e tendo nas mãos uma esfera de ouro, que representava o Globo.
     Ela tinha as mãos elevadas à altura do estômago, de uma maneira muito natural, e os olhos elevados para o céu. Aqui seu rosto era magnificamente belo. Eu não saberia descrevê-lo. E depois, de repente, percebi nos dedos anéis revestidos de pedras, umas mais belas que as outras, umas maiores e outras menores, que lançavam raios, cada qual mais belo que os outros. Partiam das pedras maiores os mais belos raios, sempre se alargando para baixo, o que enchia toda a parte de baixo. Eu não via mais os seus pés. Nesse momento em que estava a contemplá-la, a Santíssima Virgem baixou os olhos, fitando-me. Aqui eu não sei exprimir o que senti e o que vi: a beleza e o fulgor, os raios tão belos.
     Uma voz se fez ouvir, dizendo-me estas palavras: ‘É o símbolo das graças que derramo sobre as pessoas que mas pedem’ ─ fazendo-me compreender quanto é agradável rezar à Santíssima Virgem e quanto Ela é generosa para com as pessoas que a Ela rezam, quantas graças concede às pessoas que Lhas rogam, que alegria sente concedendo-as.
     Nesse momento formou-se um quadro em torno da Santíssima Virgem, um pouco oval, onde havia no alto estas palavras: ‘Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós’, escritas em letras de ouro. Então uma voz se fez ouvir, que me disse: 'Fazei cunhar uma medalha com este modelo. Todas as pessoas que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças'. As graças serão abundantes para as pessoas que a usarem com confiança’. Nesse instante o quadro me pareceu voltar-se, e vi o reverso da medalha”. 

Corpo incorrupto de Sta Catarina Labouré
Terceira aparição de Nossa Senhora
     Poucos dias depois, em dezembro de 1830, a Santíssima Virgem visitou Catarina pela terceira e última vez. Com o mesmo vestido cor de aurora e o mesmo véu a Virgem Maria se fez ver. Dos mesmos anéis de pedras preciosas jorrava, com intensidades diversas, a mesma luz.
     “Quando estava ocupada em contemplar a Santíssima Virgem, uma voz se fez ouvir no fundo de meu coração: ‘Estes raios são símbolo das graças que a Santíssima Virgem obtém para as pessoas que Lhas pedem’. Estava eu cheia de bons sentimentos, quando tudo desapareceu como algo que se apaga; e eu fiquei repleta de alegria e consolação”.
 
Perspectiva do Reino de Maria
     A 31 de dezembro de 1876, morreu Santa Catarina Labouré.
     As aparições de Nossa Senhora das Graças (ou da Medalha Milagrosa), como as posteriores de La Sallete, Lourdes e Fátima, abrem uma esplêndida perspectiva marial para o futuro, não obstante os horrores em meio aos quais presentemente nos encontramos. A esse propósito comentou o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira: “Para além da tristeza e das punições supremamente prováveis para as quais caminhamos, temos diante de nós os clarões sacrais da aurora do Reino de Maria: ‘Por fim o meu Imaculado Coração triunfará’. É uma perspectiva grandiosa da universal vitória do Coração régio e maternal da Santíssima Virgem. É uma promessa apaziguada, atraente, e sobretudo majestosa e empolgante”.
     O Reino de Maria do qual nos fala São Luís Maria Grignion de Montfort, e para o qual acenou Nossa Senhora em Fátima, após os castigos que então predisse, também foi antevisto por Santa Catarina Labouré em 1876, um mês antes de subir aos Céus: “Virão grandes catástrofes … o sangue jorrará nas ruas. Por um momento crer-se-á tudo perdido. Mas tudo será ganho. A Santíssima Virgem é quem nos salvará. Sim, quando esta Virgem for honrada, oferecendo o mundo ao Padre Eterno, teremos a paz”.
(transcrito de Catolicismo, nº 467)

Interior da Capela das Aparições na Rue du Bac, Paris.

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