terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Beata Elisabete de Mântua, Virgem Servita - 19 de fevereiro

    A Beata Elisabete Picenardi nasceu em Mântua entre 1428 e 1430, filha do nobre Leonardo e de Paula Nuvoloni. O pai estava a serviço dos Gonzaga e aspirava para ela o casamento com algum nobre da cidade, porém ela havia decidido permanecer virgem como Maria Santíssima, por quem tinha uma intensa devoção.
     A decisão certamente era resultado da influência dos frades Servos de Maria, do vizinho convento de São Barnabé, que ela frequentava.
     Aos 20 anos vestiu o hábito das “Mantellate”, que agiam a partir das suas habitações, mas ligadas aos frades como religiosas. A sua vida religiosa foi curta e intensa, não apresentando externamente nada de especial.
     Logo ficou órfã de mãe e após a morte do pai, que aconteceu em 1465, deixou a casa paterna retirando-se na casa da irmã, Orsina, casada com Bartolomeu Gorni, ocupando uma cela reservada para ela. Morava um pouco distante da igreja de São Barnabé dos Servos de Maria, para onde se dirigia todos os dias, recebendo com frequência a Eucaristia, coisa raríssima nos costumes da época; se confessava com o seu diretor espiritual, Frei Barnabé de Mântua, e recitava o Ofício Divino como os religiosos. Como resultado de sua grande devoção a Nossa Senhora, muitos se aproximavam dela para obter sua intercessão.
     Um ano antes de sua morte, que pressagiara, escreveu um testamento deixando o seu breviário e trezentos ducados aos Servos.
     Faleceu no dia 19 de fevereiro de 1468. Ao prepararem seu corpo para o sepultamento, verificaram que ela usava o cilício e uma faixa penitencial. Foi sepultada no túmulo da família em São Barnabé, e logo a fama de sua santidade espalhou-se e milagres ocorreram, entre os quais o da salvação de uma menina que havia caído no lago e permanecera por meia hora sob as águas.
     Quando da invasão francesa de 1799, o seu corpo foi transferido para a igreja do oratório do castelo de Tor de Picenardi, na região de Cremona, e depois foi levado para a igreja paroquial local.
     O Papa Pio VII aprovou o seu culto, em 20 de novembro de 1804, extensivo, além da Ordem dos Servitas, às dioceses de Mântua e Cremona. 

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