sábado, 13 de abril de 2013

Santa Teresa de Jesus dos Andes, Carmelita Descalça - 13 de abril

Padroeira da Juventude da América Latina
 

     A jovem que hoje é glorificada na Igreja com o título de Santa é uma profetisa de Deus para os homens e mulheres de nosso tempo. Teresa de Jesus dos Andes, com o exemplo de sua vida põe diante de nossos olhos o Evangelho de Cristo encarnado e levado à prática até as últimas exigências. Com a linguagem de sua intensa vida, ela nos confirma que Deus existe, que Deus é amor e alegria, que Ele é nossa plenitude.
     Nasceu em Santiago do Chile em 13 de julho de 1900. Na pia batismal foi chamada Joana Henriqueta Josefina dos Sagrados Corações Fernández Solar. Era conhecida familiarmente com o nome de Juanita.
     Seus pais, Miguel Fernández e Lucia Solar, três irmãos e duas irmãs, avô materno, tios, tias e primos: no seio desta família passou sua infância. A família gozava de muito boa posição econômica e conservava fielmente a fé cristã, vivendo-a com sinceridade e constância.
     Joana recebeu sua formação escolar no colégio das monjas francesas do Sagrado Coração. Sua curta e intensa história se desenvolveu entre a vida estudantil e a vida familiar. Aos catorze anos, inspirada por Deus, decidiu consagrar-se a Ele como religiosa, em concreto, como carmelita descalça. Seu desejo se realizou em 7 de maio de 1919, quanto ingressou no pequeno mosteiro do Espírito Santo no povoado de Los Andes, a uns 90 k de Santiago.
     No dia 14 de outubro deste mesmo ano vestiu o hábito de carmelita, iniciando assim seu noviciado com o nome de Teresa de Jesus. Sabia desde há muito tempo que morreria jovem. O Senhor lhe revelaria também, como ela mesma o comunicou a seu confessor um mês antes de sua partida. Aceitou esta realidade com alegria, serenidade e confiança, certa de que continuaria na eternidade sua missão de fazer Deus conhecido e amado.
     Depois de muitas tribulações interiores e indizíveis sofrimentos físicos causados por um violento ataque de tifo que acabou com sua vida, faleceu ao entardecer do dia 12 de abril de 1920. Havia recebido com intenso fervor os santos sacramentos da Igreja e no dia 7 de abril havia feito a profissão religiosa em artigo de morte. Ainda lhe faltavam três meses para cumprir 20 anos de idade e seis meses para acabar seu noviciado canônico e poder emitir juridicamente sua profissão religiosa. Morreu como noviça carmelita descalça.
     Ela havia despertado para a vida da graça muito pequenina. Assegura que aos seis anos, atraída por Deus, começou a voltar sua afetividade totalmente para Ele. “Quando houve o terremoto de 1906, pouco tempo depois Jesus começou a tomar meu coração para Si” (Diario, n. 3, p. 26).
     Sua natureza era totalmente contrária à exigência evangélica: orgulhosa, egoísta, com todos os defeitos que isto supõe, como acontece com todos nós. Porém, o que ela fez, diferente de nós, foi iniciar uma batalha encarniçada contra todo impulso que não nascesse do amor de Deus.
     Aos 10 anos era uma nova pessoa. A motivação imediata foi o Sacramento da Eucaristia que ia receber. Compreendendo que nada menos que Deus ia morar dentro dela, trabalhou para adquirir todas as virtudes que a fariam menos indigna desta graça, conseguindo em pouquíssimo tempo transformar seu caráter por completo.
     Na celebração deste Sacramento recebeu de Deus graças místicas de locuções interiores que se mantiveram ao longo de sua vida. A inclinação natural para Deus desde esse dia se transformou em amizade, em vida de oração.
     Aos 15 anos fez o voto de virgindade por nove dias, renovando-o depois continuamente. A santidade de sua vida resplandeceu nos atos de cada dia nos ambientes onde transcorreu sua vida: a família, as amigas, os inquilinos com quem compartilhava suas férias e a quem, com zelo apostólico, catequisou e ajudou.
     Jovial, alegre, simpática, atraente, desportista, comunicativa, nos anos de sua adolescência alcançou o perfeito equilíbrio psíquico e espiritual, fruto de sua ascese e de sua oração. A serenidade de seu rosto era reflexo dAquele que vivia nela.
     Sua vida monástica, de 7 de maio de 1919 até sua morte, foi o último degrau de sua ascensão ao cume da santidade: onze meses foram suficientes para consumar sua vida totalmente transformada em Cristo. A Ordem da Virgem Maria do Monte Carmelo preencheu os desejos de Juanita ao comprovar que a Mãe de Deus, a quem amou desde menina, a havia atraído para formar parte dela.
     Foi beatificada em 3 de abril de 1987 e canonizada em 21 de março de 1993. Seus restos mortais são venerados no Santuário de Auco-Rinconada de Los Andes por milhares de peregrinos que buscam e encontram nela o consolo, a luz e o caminho reto para Deus.
     Santa Teresa de Jesus dos Andes é a primeira Santa chilena, a primeira Santa carmelita descalça fora das fronteiras da Europa e a quarta Santa Teresa do Carmelo, após Santa Teresa de Ávila, Santa Teresa de Florença e Santa Teresa de Lisieux.
 
 
     Juana Fernandez Solar: faleceu aos 19 anos de idade. ...tinha os olhos cor de jacinto e 1.73 m de altura... praticava hipismo
     “Joana era tímida e de caráter suave. Fugia de toda a exibição. Era sensata e equilibrada. Chamava a atenção pela sua precocidade infantil, inteligência e piedade”.
     A frase que mais identifica a nossa jovem é esta, de Teresa dos Andes (Joana) a seu irmão Lucho: “Jesus Cristo, esse Louco de Amor, tornou-me louca!”
Do Blog da OCDS

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