segunda-feira, 3 de junho de 2013

Beata Menda Isategui, Virgem mercedária - 4 de junho

    
Nossa Senhora das Mercês
     Ilustre religiosa mercedária e glória do Mosteiro de Santa Maria da Piedade, em Marquina-Jeméin, no país Basco (Espanha), a Beata Menda Isategui viveu por 80 anos na oração e na austeridade. Deus lhe concedeu o dom da cura, as suas orações recuperavam a saúde dos doentes quando os remédios eram impotentes. 
     A Beata se alimentava e se sustentava quase exclusivamente do alimento eucarístico, porque para suas refeições se contentava com poucos legumes. Sofreu grandes provas por parte do demônio, que a tentava continuamente fazendo surgir em seu coração horríveis dúvidas.
     Provada por muitas enfermidades, finalmente descansou e, assistida por anjos à chegada do Esposo divino, com Ele entrou na glória eterna.
     A Ordem a festeja no dia 4 de junho.
 
A Ordem das Mercês
     No início do século XII quase toda a Península Ibérica gemia sob o jugo muçulmano. Grande número de espanhóis estava escravizado pelos mouros e sujeito aos piores tratos. A Santíssima Virgem - Auxiliadora dos Cristãos - condoendo-se do sofrimento de seus filhos quis ser a principal fundadora de uma Ordem Religiosa destinada a prestar socorro a estes infelizes. Para isso apareceu em sonhos, na mesma noite, a três homens dedicados, a fim de que se consagrassem a causa dos oprimidos.
     Um dos escolhidos foi o militar francês de origem fidalga São Pedro Nolasco, que há muito tempo se dedicava a esta causa resgatando seus irmãos de crença a peso de ouro. Junto com seu confessor, São Raimundo de Penaforte, um dos mais notáveis teólogos de sua época, e com o apoio de D. Jaime I de Aragão, que também receberam a mensagem da Virgem em sonhos, a Ordem Real e Militar de Nossa Senhora das Mercês da Redenção dos Cativos, ou simplesmente Ordem de Nossa Senhora das Mercês foi fundada em 1218.
     Os Mercedários constituíam uma Ordem masculina, mas havia grupos de senhoras que os sustentavam com orações e ofertas para as custosas expedições à África. Maria de Cervelló e sua mãe se uniram ao grupo de senhoras de Barcelona. Quando a mãe faleceu, Maria doou o seu patrimônio aos Mercedários.
     Em 25 de maio de 1265 os grupos femininos se transformaram canonicamente em Ordem Terceira Mercedária, com estatuto, hábito religioso e uma priora. Maria fez profissão religiosa, recebendo o hábito das mãos de São Bernardo de Corby. Logo outras jovens a seguiram, como as Beatas Eulália Pinos, Elisabete Berti, Maria de Requesens e, mais tarde, Santa Colagia.
     Santa Maria de Cervelló foi designada priora e é considerada a fundadora das monjas Mercedárias. Ela desenvolveu uma obra contínua e completa de resgate: encarregar-se dos escravos repatriados (alguns eram sozinhos no mundo, muitos estavam privados de tudo), ajudando-os a se tornarem independentes. Depois do resgate, a segurança.
 
Etimologia: Menda, da forma arcaica de Meendo, derivada do latim popular Menendo. Segundo Meyer-Lübke, a forma primitiva era Merendus, depois Medendus, Menendus; significado: “que deve merecer, ser digno de algo”.
 
Marquina-Jeméin - Palácio de Solartecua
 

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