quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Beata Juliana Puricelli, Eremita - 15 de agosto




Insigne pela força de ânimo invicta, a admirável paciência e a assídua contemplação das realidades celestes. 

     Entre os santos venerados pela Igreja milanesa encontramos as Beatas Catarina de Pallanza e Juliana de Busto, que deram origem à experiência monástica das eremitas da Ordem de Santo Ambrósio ad Nemus de Santa Maria do Monte, perto de Varese, chamadas comumente de Eremitas Ambrosianas.
     Já antes de 1400, há séculos existia um local de culto à Bem-aventurada Virgem Maria, um santuário associado à Santo Ambrósio: ali o Santo Bispo tinha derrotado o último grupo de arianos.
     Naquele local caro à história da Igreja milanesa, as duas mulheres viveram a sua consagração virginal ao Senhor.
     A primeira foi Catarina, nascida em Pallanza, da nobre família dos Morigi, que depois de uma longa busca da vontade de Deus, encontrou naquele local a resposta. Era em torno do ano 1450. Depois, em 1454, se uniu a ela Juliana Puricelli.
     Juliana nasceu em 1427 em Busto-Verguera, em uma família pobre. Ela viveu à sombra e na escola de Catarina, que a deixou progredir na sua devoção ao Padre Nosso e a Ave-Maria, desenvolvendo assim sua pureza, obediência, pobreza, humildade e caridade, e cultivando com ela a profunda contemplação da Paixão de Cristo.
     Em 1460, outras companheiras se uniram a elas. Após várias tribulações e incompreensões, em 1474 o papa Sisto IV, com uma bula aprovou a ereção da Ordem, na qual se professava a regra de Santo Agostinho, observando as constituições de Santo Ambrósio ad Nemus e oficiando segundo a liturgia ambrosiana.
     Catarina faleceu em 6 de abril de 1478, deixando à pequena comunidade o testamento da caridade e da obediência à vontade de Deus.
     Juliana, “chegando a noite da Assunção da Virgem Maria, desejou ser posta sobre a terra nua e expirou com grandes melodias no dia 15 de agosto de 1501”.
     As duas eremitas, que ainda em vida todos chamavam de “beatas”, foram veneradas pelo povo desde sua morte, como concordam as testemunhas dos dois processos de beatificação. E em S. Monte, “desde tempos imemoriais”, a festa de Catarina foi solenizada em 6 de abril e a de Juliana em 15 de agosto.
     Atualmente, com o novo Missal de 1976 a liturgia ambrosiana celebra a sua memória no dia 27 de abril.
 


Assunção de Nossa Senhora
 

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