segunda-feira, 28 de outubro de 2013

No mês do Rosário, o terço em família

 
Mas é sobretudo dentro das paredes do lar que temos o desejo de ver reflorir por toda a parte o hábito assíduo da reza do terço, e seja religiosamente guardado e revigorizado com novo fervor.
 
     É que será vão o esforço de remediar a situação decadente da sociedade civil se a família, princípio e base de toda a sociedade humana, não se ajustar diligentemente à lei do Evangelho.
     E nós afirmamos que, para desempenho cabal desse árduo dever, é sobremaneira conveniente o costume de rezar o terço em família. Quão suave e profundamente agradável a Deus é o espetáculo do lar cristão que, ao cair de cada noite, ressoa com as harmonias dos reiterados louvores da augusta Rainha do Céu!
     Então essa prece comum reúne pais e filhos, de volta do trabalho do dia, em admirável união de almas, aos pés da imagem de Maria; depois une piedosamente com os ausentes, com os já falecidos; a todos, enfim, com suavíssimo vínculo de amor, liga mais estreitamente a virgem Maria, que, como mãe amantíssima, rodeada da coroa dos seus filhos, ali estará presente a infundir com profusão os dons da união e da paz doméstica.
     Então o lar da família cristã, ajustado ao modelo da família de Nazaré, tornar-se-á mansão de santidade na terra e quase templo sagrado, em que a reza do Rosário de Maria não será apenas particular forma e modo de oração a subir cada dia ao céu em odor de suavidade, mas eficacíssima escola de disciplina e virtude cristã.
     Efetivamente, os admiráveis mistérios da Redenção, propostos à contemplação, hão de fazer que os mais idosos, tendo ante os olhos os exemplos luminosos de Jesus e de Maria, se habituem a passá-los, dia a dia, à prática da vida, deles possam haurir conforto nas angústias e adversidades e, por eles movidos, frutuosamente se lembrem dos tesouros dos bens celestes “aos quais não chega o ladrão, nem rói a traça” (Lc 12, 33).
     E farão que nas mentes das crianças se vão penetrando as principais verdades da fé cristã, de tal maneira que floresça quase espontaneamente nos seus corações inocentes o amor ao Redentor benigníssimo, ao mesmo tempo que logo desde a tenra idade, sob a luz do exemplo dos pais que reverentemente ajoelham ante a majestade de Deus, aprendem a conhecer o valor da oração feita em comum.

Fonte: Blog Almas Devotas

 

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