sábado, 13 de dezembro de 2014

Santa Lúcia ou Luzia de Siracusa, virgem e mártir - 13 de dezembro

 

     Luzia nasceu na cidade italiana de Siracusa e era de uma família rica e cristã. Era considerada como uma das jovens mais belas de sua cidade. Seu pai morrera quando ela tinha 5 anos e sua mãe, Eutíquia, sofria de graves hemorragias internas.
     Luzia tinha uma grande convicção cristã, que a fez consagrar-se secretamente a Nosso Senhor Jesus Cristo, e oferecer sua virgindade perpetuamente.
     Ela e a mãe decidiram fazer uma peregrinação à cidade de Catânia onde se encontrava o corpo da grande virgem Santa Águeda, que morrera por recusar adorar os ídolos. O Evangelho pregado na Santa Missa daquele dia foi o da mulher que sofria com hemorragias internas, iguais às da mãe de Luzia. Ela então pensou: "Se aquela mulher ao tocar nas vestes do Senhor ficou curada, será que Santa Águeda não pedirá ao Senhor que cure minha mãe da mesma forma como Ele curou aquela mulher?" Ela então disse à mãe que esperassem todos saírem da igreja para irem rezar junto ao corpo da Santa.
     Nesse interim, Luzia em êxtase sonhou que anjos rodeavam Santa Águeda e que a mesma lhe dizia: "Luzia, minha irmã, por que pedes a mim uma coisa que tu mesma podes conceder?" Luzia saiu do êxtase e foi procurar sua mãe, que lhe disse ter sido curada. Luzia aproveitou esse momento para revelar à mãe que havia feito voto de virgindade a Jesus e que distribuiria seus bens aos pobres. Sua mãe disse: "Luzia minha filha, tudo o que é meu e de seu falecido pai é teu, por isso faça o que queres".
     Elas então começaram a distribuir seus bens aos pobres. Um jovem muito rico e pagão, que se enamorara de Luzia, perguntou à mãe dela o motivo de tanto esbanjamento de dinheiro, e em resposta Eutíquia disse: "Luzia achou bens muito mais valiosos do que esses". O jovem não entendeu que ela falava dos bens celestes.
     Luzia e sua mãe davam mais e mais dinheiro aos necessitados dilapidando a grande fortuna da família, o que fez com que o jovem tivesse certeza que Luzia era cristã. Ele denunciou-a ao prefeito de Siracusa, Pascasio que furioso com a grande fé de Luzia, mandou-a ao Imperador Diocleciano que tentou persuadi-la a se converter aos ídolos. Luzia se mostrou cheia do Espírito Santo diante de Diocleciano.
     Vendo que nada a convertia, Diocleciano mandou enviá-la a uma casa de prostituição, mas foi em vão: ninguém conseguia tirar Luzia dali, nem mesmo uma junta de bois. Os soldados saíram envergonhados por não conseguir tirá-la dali. Era como se seus pés estivessem fincados no chão como raízes de plantas.
     Depois tentaram colocar fogo em seu corpo, mas Luzia fez uma oração e as chamas nada fizeram contra ela e por isso retiraram-na de dentro do fogo. Como nada havia dado certo, foi-lhe aplicado o castigo mais cruel depois da degolação: um soldado, a mando do imperador, arrancou-lhe os olhos e entregou-os em um prato a Luzia. No mesmo instante nasceram-lhe olhos sãos, perfeitos e mais belos do que os outros.
     Vendo que nada a convencia a voltar para o paganismo, deceparam sua cabeça no momento em que Luzia dizia: "Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade". No mesmo instante sua cabeça rolou pelo o chão. Era 13 de dezembro do ano de 304 D.C. Os cristãos recolheram seu corpo virginal e a sepultaram nas catacumbas de Roma. Sua fama de santidade se espalhou por toda a Itália e Europa e depois para todo mundo, onde hoje é venerada e honrada como a "Santa da Visão".
 

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