domingo, 3 de janeiro de 2016

Epifania do Senhor

    
     A Epifania do Senhor (do grego: Ἐπιφάνεια: "a aparição; um fenômeno miraculoso") é uma festa religiosa cristã que se celebrava no dia 6 de janeiro, ou seja, doze dias após o Natal, e que a partir da reforma do calendário litúrgico em 1969 passou a ser comemorada dois domingos após o Natal.
     A Epifania é relacionada ao momento da manifestação de Jesus Cristo como o enviado de Deus. Na narração bíblica Jesus deu-se a conhecer a diferentes pessoas e em diferentes momentos, porém o mundo cristão celebra como Epifanias três eventos:
  • A Epifania propriamente dita perante os magos do Oriente (como está relatado em Mat 2 1:12) e que é celebrada no dia 6 de janeiro;
  • A Epifania a João Batista no Rio Jordão durante o Batismo de Jesus;
  • A Epifania a seus discípulos e início de sua vida pública com o milagre de Caná, quando começa o seu ministério.
Narração de São Mateus, Capítulo 2
E tendo nascido Jesus em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém,
 Dizendo: Onde está aquele que é nascido Rei dos Judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos adorá-lo.
 E o rei Herodes, ouvindo isso, perturbou-se, e toda Jerusalém com ele.
 E congregados todos os principais dos sacerdotes, e os escribas do povo, perguntou-lhes onde haveria de nascer o Cristo.
 E eles lhe disseram: Em Belém da Judeia; porque assim está escrito pelo profeta:
 E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo Israel.
 Então Herodes, chamando secretamente os magos, inquiriu exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera.
 E enviando-os a Belém, disse: Ide, e perguntai diligentemente pelo menino, e quando o achardes, participai-mo, para que também eu vá e o adore.
 E tendo eles ouvido o rei, foram-se; e eis que a estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino.
 10 E vendo eles a estrela, alegraram-se muito com grande alegria.
 11 E entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra.
 12 E sendo por divina revelação avisados em sonho para que não voltassem para junto de Herodes, partiram para a sua terra por outro caminho.
 13 E tendo eles se retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há de procurar o menino para o matar.
 
Tradições:
     Em Portugal e na Galiza, o bolo-rei ou bolo de Reis possui grande tradição e é confeccionado com um brinde e uma fava. A pessoa que encontra a fava deve trazer o bolo de Reis no ano seguinte. Por todo o país as pessoas costumam «cantar os reis» ou as «reisadas» de porta em porta. São convidadas a entrar para o interior das casas e oferecidas pequenas refeições com doces, salgados, charcutarias, vinhos, etc. Neste dia eram também muito comuns os autos dos Reis Magos, peças de teatro popular.
     No Brasil, geminado culturalmente com Portugal, esta tradição tem muito do que se faz no velho país. A festa é comemorada com doces e comidas típicas das regiões. Há ainda festivais com as Companhias de Reis (grupo de músicos e dançarinos) que cantam músicas referentes ao evento, as conhecidas festas da Folia de Reis.
     Em alguns países, como Espanha, é estimulada entre as crianças a tradição de se deixar sapatos na janela com capim antes de dormir para que os camelos dos Reis Magos possam se alimentar e retomar viagem. Em troca, os Reis magos deixam doces que as crianças encontram no lugar do capim após acordar. A tradição também consiste em comer o Bolo de Reis.
     Na França e em Quebec (no Canadá), come-se o Galette des Rois (Bolo de Reis), que contém um brinde no seu interior. O bolo vem acompanhado de uma coroa de papel e quem encontrar o brinde na sua fatia, será coroado e terá de oferecer o bolo no ano seguinte. 

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