sexta-feira, 21 de julho de 2017

Beata Joana de Orvieto, Dominicana - 23 de julho


Martirológio Romano: Em Orvieto, cidade da Toscana, Beata Joana, virgem, terciária dominicana, ilustre por sua caridade e paciência.

     Joana, mais conhecida como Vanna, nasceu em Carnaiola, próximo de Orvieto, em 1264. Como ficasse órfão aos cinco anos, suas companheiras de brincadeira procuraram assustá-la dizendo que não tinha quem olhasse por ela e que morreria de fome. Porém a menina respondeu sem se intimidar: “Eu tenho um pai melhor do que o vosso”. As crianças perguntaram o que significava isto e Joana levou-as até a igreja e lhes mostrou uma imagem do Anjo da Guarda: “Eis aqui o meu pai e a minha mãe, com ele estarei menos abandonada do que vocês. Ele velará por mim”.
     Sua confiança não foi frustrada, pois foi adotada por uma família de Orvieto, que se encarregou de educá-la e de arrumar-lhe casamento.
     Aos dez anos se consagrou a Jesus e já desejava uma vida de completa dedicação a Ele.  Trabalhou de modista em Orvieto; de forma silenciosa, seus protetores prepararam seu casamento e ela fugiu de casa, se refugiou na casa de uma amiga e se tornou Terciária Dominicana, rechaçando a vantajosa proposta matrimonial. Assim, aos 14 anos Joana recebeu o hábito branco daquela Ordem.
     A partir desse momento, se consagrou inteiramente ao serviço de Deus e dos pobres. Segundo a tradição, Joana se mostrava particularmente bondosa com aqueles que a aborreciam e fazia penitência por eles; esse era o motivo pelo qual se dizia em Orvieto que se alguém desejava que a beata rezasse por si, tinha que molestá-la.
     Joana viveu uma intensa devoção pela Paixão de Cristo, que foi acompanhada de fenômenos místicos; tinha uma castidade perfeita, que, segundo a legenda, a Providência a salvou duas vezes de ser violada. Joana teve também o dom de profecia e numerosas tentações que sobre enfrentar com a graça e o amor divino.
     O Beato Santiago de Mevania, que se encontrava então no convento dos dominicanos de Orvieto, foi seu diretor espiritual durante vários anos. Conta-se que Joana se confessou com ele em Orvieto, quando o cadáver do beato se achava em Mevania (atual Bevagna).
     Não lhe faltaram críticas e desprezos por parte de alguns de seus concidadãos que duvidavam de sua virtude. Ela suportou com paciência e humildade todas as dificuldades, inclusive as doenças que teve que suportar, que foram muitas e longas. Sob sua direção silenciosa formou pessoas no amor de Deus; conseguiu a conversão dos hereges patarinos de Orvieto, que negavam a Eucaristia, e a pacificação da cidade nas lutas entre guelfos e gibelinos.
     Joana predisse vários dos milagres que ocorreriam depois de sua morte, mas fez tudo quanto pode para esconder as graças extraordinárias que o céu lhe havia concedido. Não pode ocultar, entretanto, seu desapego do mundo, sua humildade e sua mansidão. Nos últimos dez anos de sua vida, todas as sextas-feiras, em êxtase, parecia um crucifixo vivo, e seus ossos se deslocavam com fragor.
     A beata professou sempre particular devoção pelos Anjos. Morreu em odor de santidade assistida por eles no dia 23 de julho de 1306, e sobre seu sepulcro ocorreram muitos milagres. Seu corpo repousa na igreja de São Domingos.
     Foi declarada beata em 1743 e seu culto foi aprovado em 11 de setembro de 1754 pelo Papa Bento XIV. Em 1926 foi declarada patrona das costureiras e dos alfaiates italianos.


Fontes: evangeliodeldia.org; www.santiebeati.it/

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