quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Beata Josefina Gabriela Bonino, Virgem e fundadora – 8 de fevereiro

Martirológico romano: Em Savigliano, no Piemonte, a beata Josefina Gabriela Bonino, virgem, fundadora da Congregação da Sagrada Família de Nazaré para a educação de órfãos e assistência aos doentes pobres.

     A vocação religiosa da Beata Josefina Gabriela Bonino foi uma feliz combinação da oração contemplativa e do compromisso ativo na vinha do Senhor, entre as pessoas e para as pessoas.
     Ela nasceu em Savigliano (Cuneo), diocese de Turim, em 5 de setembro de 1843, em uma família rica e profundamente religiosa. Na fonte batismal recebeu os nomes de Ana Maria Madalena Josefina. Como costume na época, ela teve uma primeira educação em casa. Por um privilégio especial, ela fez a 1ª. Comunhão aos sete anos; no ano seguinte recebeu a Crisma. Desde pequena foi muito devota de Nossa Senhora.
     Em 1855, ela se mudou com sua família para Turim por causa dos compromissos profissionais de seu pai, que era médico. Ela frequentou o ensino médio nas Irmãs de São José, crescendo em sua vida interior; aos dezoito anos obteve permissão do seu diretor espiritual para fazer um voto temporário de virgindade. Na capital da Saboia, naqueles anos floresciam as extraordinárias obras dos chamados "santos sociais".
     Aos 26 anos, ela voltou para Savigliano. Por cinco anos ajudou amorosamente seu pai doente, até sua morte. Enquanto isso, ela trabalhava cada vez mais nas atividades de sua paróquia de São Pedro, tornando-se também reitora e presidente da Pia União das Filhas de Maria local. A partir de 1875, estreitou fortes laços com o trabalho de assistência realizado por Joana Colombo para as órfãs da cidade, trabalho que era criticado pela “gente bem” da sua terra natal.
     Atraída pela espiritualidade carmelita, ela ingressou na Ordem Terceira, fazendo a profissão dois anos depois (19 de março de 1877, festa de São José). No ano anterior, também se juntou à Ordem Terceira Franciscana da Penitência.
     Atingida por uma neoplasia na coluna vertebral, em 21 de maio de 1876 submeteu-se a uma dolorosa cirurgia sem que produzisse efeito a anestesia aplicada. Sua cura foi considerada uma proteção celestial de Maria e, em setembro de 1877, Josefina foi a Lourdes com sua mãe para agradecer à Santíssima Virgem. Ali amadureceu a decisão definitiva de consagrar-se ao Senhor no serviço do próximo. No final desse ano, sua mãe também morreu. Ela continuou sua colaboração na Obra Colombo e, por sugestão de seu diretor espiritual, o Cônego Luís Davicino, acrescentou a ela um hospital e dedicou-o à Sagrada Família
     Em 1880, ela se retirou em um mosteiro para se preparar espiritualmente para sua fundação, primeiro entre as Carmelitas de Moncalieri, depois nas Visitandinas de Pinerolo. Embora ela ainda sentisse o desejo de entrar em uma clausura, ela decidiu dar vida a uma nova família religiosa para ajudar os necessitados, sejam eles órfãos, idosos, doentes ou meninas a serem instruídas. O modelo era a Sagrada Família de Nazaré: humilde e trabalhadora.
     Com a idade de trinta e oito ela foi eleita Superiora e permaneceu no cargo até sua morte. Em 8 de setembro de 1887, festa da Natividade de Maria, obteve a aprovação canônica diocesana do Instituto, e em 6 de outubro, com onze outras companheiras, fez a profissão solene com o nome de Irmã Josefina Gabriela de Jesus.
     Nos anos seguintes, empregou todas as suas energias e a herança herdada de seus pais na construção da Casa Mãe em Savigliano, com uma igreja adjacente, e na formação das Irmãs. Ela fundou outras cinco comunidades e em homenagem a Nossa Senhora queria que a primeira fosse próxima do Santuário de Loreto. Por 25 vezes se hospedou ali visitando diariamente a Santa Casa de Loreto.
   Ela faleceu em Savona, aos 62 anos, devido a uma pneumonia fulminante, em 8 de fevereiro de 1906. Seu corpo foi enterrado no cemitério de Savigliano, para depois ser transferido para a igreja da Casa Mãe em 8 de abril de 1961.
     Hoje sua obra, além da Itália, pela ação de suas Irmãs vive também em terras missionárias (Camarões e Brasil). Madre Josefina Gabriela foi beatificada por João Paulo II em 7 de maio de 1995. A Arquidiocese de Turim celebra sua memória opcional em 8 de fevereiro.



Fontes: www.santiebeati.it/ 

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